Thata Vilella

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Edja - Luto e Saudade

Hoje não vou falar de mim, como faço sempre. Minhas palavras vão falar de uma das pessoas mais importantes da minha vida, e que acabo de perder: Edja.

Edja, uma das minhas melhores amigas. Mulher de fibra, alegre, inteligente, bem humorada e cheia de vida. Ela tinha um sorriso largo, iluminado, daqueles que contagiavam todo mundo; mesmo quando não queríamos sorrir!!!!

Lembro-me de quantas vezes ela me consolou, nas várias dores de cotovelo, brigas com a mãe e tristezas variadas; Edja sempre tinha palavras doces e sábias, sabia bem o que me dizer em cada momento, bom ou ruim, que eu experimentasse.

Ainda sinto o doce sabor dos abraços que ela me dava; e esses, nem precisava ter problema, pra ela me dar. Ela sempre estava de braços e coração abertos, prontos pra me receber e encher de carinho. Edja, poço de amizade, amor e carinho, pra mim e pra todo mundo que tava em volta.

Por isso mesmo, quando recebi a notícia de sua morte, senti como se um pedaço de mim mesma tivesse acabado de ser arrancado. E nem mesmo tive tempo de receber dela um último abraço, um último sorriso; ao menos pude ouvir o som de suas risadas uma última vez, ou ouvir seus gracejos e conselhos.

E eu vinha mesmo pensando muito nela, e há dias; vinha sentindo um aperto enorme no coração, e não sabia o porquê. Até tinha sonhado com ela há alguns dias. E quando soube que a perdi, foi como se todas as sensações que vinha tendo de repente fossem explicáveis: era por ela que o meu coração doía.

Edja, que eu chamava sempre de "minha galega" ; que tinha a risada mais larga e deliciosa que eu já tive o prazer de ouvir. Edja que sorria não somente com os dentes, mas com o rosto inteiro; aliás, seu sorriso vinha era do coração.

Coração que, no caso dela, era imenso; imenso, e sempre pronto a entender e perdoar a todos, mesmo aqueles que causavam a ela grandes dores. Corajosa, cheia de fibra, daquelas cheias de marra mesmo!!!!! A coragem dela era mesmo estimulante pra todos.

E olha que a vida dela não era das mais fáceis: estagiava na empresa que eu trabalho, fazia faculdade de psicologia e ainda tinha energia pra encarar trabalho numa boate à noite; e como se não bastasse tudo isso, ainda ajudava todas nós a ficarmos mais belas, nos vendendo Natura.

Não esqueço que, mesmo caindo pelas tabelas de sono, Edja ainda conseguia pique (onde, pode-se saber?) pra sair com as amigas e fazer uma farrinha. Gostava muito de dançar, e de música; era animadíssima!!!!

Corajosa, cheia de vida e energia, inteligente, bem humorada, alegre, sorrisão. Edja, mais do amiga; era uma das "irmãs" que meu coração escolheu. Com certeza, aquela com quem eu tinha ligação mais forte; e que nunca mais verei!!!!! Mas sei que, com certeza, ela está bem melhor que todos nós.

Agora, o céu com certeza tá um lugar bem melhor. Edja chegou!!!!

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Thaysis e Welna: Amigas - Irmãs, de Ontem, de Hoje e de Sempre!!!!

Ontem tive um dia como há muito não tinha; um dia que foi resultado de um email. Passei o dia com duas das minhas melhores amigas, Thaysis e Welna (com Maria Eduarda e Ana Beatriz, filhas dela) e conversamos muito. Fomos à praia, deixamos Welna em casa e almoçamos juntas, eu e Thaysis.

No início da semana passada, recebi um email muito carinhoso de Thaysis, querendo saber notícias minhas, e "reclamando" porque eu sumi; e ela tinha mesmo razão. Afinal, desde que saí da casa da minha mãe, estou mesmo isolada de tudo e de todos, e não somente delas. Sei que isso não é desculpa, mas como estava confusa mesmo (e ainda estou, embora bem menos do que no início), achei que o melhor era me afastar por um tempo de tudo e todo mundo mesmo.

E fiz isso; por mais que a minha terapeuta me dissesse que o melhor era eu manter contato com alguém, pra que não passasse por tudo isso sozinha, meu coração achava que o mais certo era mesmo manter distância, ficar sozinha. E assim eu vinha fazendo; e continuaria fazendo, não fosse o email que recebi de Thaysis.

Respondi o email, e marcamos de passar o domingo juntas. A princípio, tínhamos combinado de apenas almoçarmos juntas, já que à tarde eu iria ao shoppingo dar uma volta com Fabiana e Luciana (outras amigas); mas como Welna estava com as meninas, Thaysis achou que seria melhor e mais divertido irmos à praia e depois almoçarmos. Concordei, e assim fizemos; e foi mesmo muito legal!!!!

Nos divertimos muito com as meninas, e colocamos o papo em dia (não todo, é claro, mas pelo menos uma parte). Contei pra elas toda a história da minha saída de casa, desde o início; falei de tudo: de André e de tudo que enfrentei por ele, da "perda" (sábia) do emprego da noite, e finalmente da confusão que me levou a sair de casa. Contei tudo, sem omitir nada.

Elas me deram o maior apoio, e ficaram indignadas com tudo que aconteceu. Claro que não tomaram partido de ninguém (não é o perfil delas), mas me deram muita força e o encorajamento emocional do qual eu tanto preciso. Estar com elas me renovou, fortaleceu mesmo; senti-me mais corajosa, e animada pra tudo que vem pela frente.

E o mais importante foi a lição que tirei disso: mais uma vez, tive a certeza de que tenho, nelas, mais que amigas; tenho irmãs, com quem posso contar sempre. Mesmo estando longe umas das outras, ou não nos vendo e falando todos os dias; mesmo que eu suma!!!! Apesar de tudo isso, sei que tenho nelas um porto seguro; aliás, outro porto seguro, além dos outros que tenho, e de Deus.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Escutar, algo que preciso aprender

Hoje li um texto sobre a importância de ouvir, a si mesmo e aos outros; e me dei conta de uma coisa com a qual eu não deveria me surpreender: não sei ouvir; mesmo!!!!!

E não que eu seja surda, nada disso; muito pelo contrário, tenho uma excelente audição. Só acabo de perceber que não sei usá-la direito. Lendo o texto, uma coluna da jornalista Eliane Brum que é publicada no site de Época todas as segundas, deparei-me com essa verdade que sempre existiu, mas da qual sempre lutei pra fugir (vejo agora também).

Sempre fui muito falante; tanto, que até já cheguei a ser chamada de tagarela. Há até quem diga que eu falo "mais que o homem da cobra" ; ou que "tomei água de janeiro, fevereiro, março... do ano inteiro" . E sempre achei que, por falar muito, fosse uma excelente ouvinte. Mas hoje vejo que me enganei; o tempo todo.

Lendo o tal texto, comecei a refletir sobre como me comporto com relação à capacidade de ouvir; e vi que, diferente do que sempre acreditei... NÃO SEI OUVIR!!!! Embora tenha essa capacidade; e, mais ainda: mesmo sendo capaz de me colocar no lugar do outro em quase todas as situações (a tal da empatia).

Seja como for, o fato é que, a cada linha que lia, pensava na minha maneira de ser e agir. E quanto mais pensava, mais forte ficava a minha conclusão; e tanto maior minha visão de que preciso mudar. E rápido!!!!! Ou pelo menos, começar a mudar, já que nenhuma mudança acontece assim, do dia pra noite.

De repente, me dei conta de que perdi muitas coisas e oportunidades na vida (inclusive relacionamentos e chances de ser feliz; ou principalmente isso) , por não saber escutar. E o mais assustador nisso tudo é que não ajo dessa forma porque quero; é como se fosse algo mais forte do que eu!!!!!

Até tento escutar quando alguém está falando comigo, assim como tento calar mais sobre determinadas coisas (principalmente sobre a minha vida e seus acontecimentos, algo de que falo muito, e sem olhar a quem) ; mas, quando me dou conta, estou "atropelando" meu interlocutor, e contando coisas da minha vida (até íntimas, às vezes) a quem nem sempre conheço tanto assim.

É como se eu tivesse uma espécie de "compulsão" em falar; talvez (e me arriscaria até a dizer que com certeza) por ter suportado tantos anos de opressão e falta de espaço pra falar e conversar em casa. Aí, como nunca pude falar muito em casa... descarrego na rua, às vezes com "quase estranhos".

Até já tive um namorado que "me alertou" sobre esse meu "defeitinho" e eu, rebelde, fui logo me defendendo (e hoje vejo que fiz isso muito mais por uma "necessidade de ser do contra" , do que por acreditar na minha auto - defesa mesmo) . Lembro que, enquanto ainda namorávamos, ele me disse que eu falava muito, e que deveria me controlar mais; suas palavras foram: " - Você fala muito; precisa aprender a falar somente quando te perguntarem " .

Também me recordo que dei uma resposta mal - criada pra ele, e que depois disso o namoro terminou (claro que não somente por isso, mas hoje sei que com certeza essa foi uma das razões). E hoje, mais ou menos uns 5 anos depois disso, uma colunista de revista "me joga na cara" essa verdade: não sei escutar!!!!!

E pior: por causa disso, perdi um monte de coisas pela minha vida afora!!!!! Mas como tudo na vida tem dois lados, com a minha descoberta não seria diferente. Conscientizei-me desse meu defeito, e decidi que vou mudar. Enfiei na cabeça que, de hoje em diante, vou me reeducar, e lutarei com afinco e persistência pra aprender a ouvir.

Pra alguém falante feito eu, esse não será um objetivo dos mais fáceis de alcançar; mas como também não é impossível. E decidi fazer isso não somente por mim (embora seja PRINCIPALMENTE por mim) mas também por todos que me cercam, passaram e ainda vão passar pela minha vida.

Decidi que NÃO QUERO MAIS perder oportunidades, coisas e pessoas na minha vida. Resolvi que isso só acontecerá se eu não puder evitar; que não vou mais contribuir pra que isso aconteça, como tem sido até agora. Finalmente vi que, se Deus me deu dois ouvidos e uma boca, é pra que eu escute mais do que fale, e não o contrário. Porque quem muito fala, perde; ganha muito mais quem escuta!!!!!

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Feriadão da Independência (literalmente) - Cheio de diversão e novidades!!!!!



Essa aí sou eu, em pleno feriadão de 7 setembro, na praia. Até aí, nada demais né? Seria um feriado como qualquer outro, não fosse por um detalhe: não estou numa praia qualquer!!!!!

A foto ao lado foi tirada na praia de Bitingui, Alagoas; passei todo o feriadão nessa praia linda, na companhia de um cara interessante e lindo. Mas sem nomes, certo? Pelo menos por enquanto.

O fato é que este foi o melhor feriado que já passei há tempos. Não só pelo local, mas principalmente pela companhia e por tudo que aproveitei e conheci.

Pela primeira vez, viajei na companhia de um homem com o qual estou me relacionando; e essa é mais uma das várias delícias que tenho experimentado nessa nova fase da minha vida. Enquanto ainda morava na casa da minha mãe, NUNCA pude fazer isso; ou, falando de outra forma: se eu quisesse viajar com algum namorado, precisava mentir pra isso. E como nunca gostei de mentir... até hoje não tinha vivido isso.

E foi uma viagem ótima!!!!! Conhecemos as praias da área onde ficamos, registramos tudo em fotos, comemos bem. Mas o principal não é isso; o principal mesmo é que, nessa viagem, tivemos a oportunidade de saber mais um pouquinho um do outro. Afinal, dormimos e acordamos juntos durante dois dias; e foi mesmo muito bom!!!!!

Ele é carinhosíssimo, cuidadoso, atencioso, e se preocupa com o meu bem - estar. Isso sem contar que ele, assim como eu, é bem ligado à família; pelo menos, é essa a impressão que tenho. Afinal, quando chegamos na pousada onde ficamos hospedados, ele ligou pra família, pra avisar que tinha chegado bem; e na volta da viagem, fez a mesma coisa.

Mas falemos da viagem agora. Foi mesmo ótima!!!!! Pois foi a primeira vez que aproveitei um feriado livremente, sem obrigações; DESCANSANDO!!!!! E amando também!!!!! ADOREI tudo!!!! E espero que ainda se repita muitas vezes ainda. Foi mesmo delicioso curtir um final de semana ao lado de alguém com quem pude ser simplesmente eu mesma.

Gostei muito de estar na companhia um homem ao lado do qual não precisei ficar me policiando, controlando cada atitude ou comportamento. Foi mesmo MARAVILHOSO poder ficar à vontade, me vestir e agir do feito que eu quiser; e ver que ele me dá essa liberdade e gosta de mim como sou.


Esse comigo na foto é o "culpado", aquele que está ajudando a aumentar minha alegria: Fernando Ribamar. Faz pouco tempo que nos conhecemos, e ainda não posso dizer o que estamos tendo (nem quero dar nome a nada, pra evitar criar expectativas; decidi que viverei um dia de cada vez) , mas posso dizer que estou mesmo MUITO FELIZ com o que está acontecendo.

Fiz essa viagem com ele, e foi mesmo muito bom!!!! Ri, me diverti, conheci lugares novos, namorei; foi ótimo!!!!! Percebo que nos damos muito bem (em todos os sentidos) e, apesar das últimas "revelações" (que prefiro não comentar, já que tenho lidado com isso melhor do que pensava), nada mudou entre nós.

Ou melhor: mudou sim!!!! Tudo ficou bem melhor, e ele ganhou um pouco da minha confiança. Pelo menos dessa vez, sinto que estou diante de uma pessoa na qual posso confiar, e com quem posso falar e me comportar livremente. No que isso vai dar? Não sei; só sei que hoje... tá dando certo!!!!



sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Escritora, eu?Quem sabe? - Parte II

Escritora. Quem, eu? Será mesmo? Seja como for, resolvi embarcar nessa "aventura" , motivada por um "amigo virtual" que me desafiou como eu nunca tinha sido desafiada antes; e estou mesmo empolgadíssima!!!!! Minha cabeça está mesmo um turbilhão, e a cada dia que passa tenho uma ideia nova; são tantas, que até montei outro blog, pra ir registrando tudo.

Nunca pensei que fosse tão criativa!!!!! Quanto mais escrevo, mais ideias me vêm à cabeça!!!! São tantas, que tem horas que nem sei onde colocar tanta coisa!!!! Estou mesmo vivendo um momento de muita felicidade, onde muita coisa legal tá acontecendo. E tenho tentado transportar tudo pra minha escrita.

O grande desafio mesmo tem sido como fazer isso!!! Porque já comecei a escrever meu livro, e tenho achado a experiência bastante interessante. E o melhor de tudo isso é que, à medida que escrevo, novas histórias surgem na minha cabeça, e fico com uma vontade imensa de contar cada uma delas.

Sei que preciso filtrar tudo, e escolher uma linha pra seguir, até mesmo pra que eu não perca "o fio da meada". Por isso, como falei antes, montei outro blog: o Balzaquiana, onde vou colocando cada "surto criativo" (olha eu falando como escritora!!!! hehehe) que tenho; o objetivo é ir "anotando" cada ideia que tenho ou recebo (vou pensar num meio de receber sugestões por lá também) e guardar, pra trabalhar nelas quando for possível. (afinal, não sei nem mesmo se meu primeiro livro vai sair!!!! Muito menos se vai "emplacar" !!! rsrsrsrs)

O nome do novo blog é inspirado no meu primeiro livro, o "Balzaquiana - Memórias (e outras aventuras) de uma mulher de 30 anos" . Como esse é um tema que nesse momento tem me interessado muito - já que tenho 30 anos e minha cabeça e vida têm passado por mudanças - decidi escrever uma história abordando isso.

Com relação às minhas "dúvidas" - ou receio, se preferirem - quanto a essa minha "investida" como escritora dar certo não, isso é mais movido pela minha imensa cautela e prudência sempre que estou diante de coisas novas. Como eu nunca tinha pensado antes em "escrever profissionalmente" (só tinha a escrita como hobby; se bem que agora tá mais pra "vício" mesmo!!! rsrsrs) , acho que é natural ter reservas quanto ao sucesso da empreitada. Mesmo recebendo o estímulo de um escritor profissional!!!!!

E acho que talvez seja exatamente por isso, por estar sendo estimulada por um escritor profissional, que sinto tanto frio na barriga. De qualquer forma, o importante é que meus trabalhos têm avançado, e parece que estão bons; afinal, recebi "boas críticas" , do meu amigo escritor.

Então... CORAGEM E PÉ NA TÁBUA!!!!!!

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Descobertas e Contradições

Sempre me questionei o valor e significado de cada experiência - boa ou ruim - pela qual passei durante a minha vida; mas essa é primeira vez que tenho dificuldade pra encontrar as respostas.

Tenho vivido um turbilhão de coisas novas na minha vida nos últimos meses; perdas e ganhos que têm me feito pensar, aprender e crescer muito. Mas até agora, eu ainda não tinha ficado sem saída; pelo menos não até esse fim de semana. Peguei-me buscando retomar contatos que há tempos havia cortado; pra ser mais exata, estiveram suspensos durante todo o tempo em que morei na casa da minha mãe.

Casa da minha mãe; uma espécie de casa que era minha sem nunca ter sido. Um lugar onde eu apenas dormia, acordava e fazia as atividades normais do dia - a - dia; e aliás, ter esse direito sempre foi algo que me custou muito caro. E não foi algo que tenha começado recentemente, pelo contrátrio; suportei isso durante toda a minha vida, ou pelo menos desde o tempo em que me entendi por gente.

O fato é que, desde que tomei coragem e resolvi sair de casa - e precisei mesmo "levar uma sacudida" pra isso - , venho experimentando as mais diversas emoções; tenho oscilado da alegria à tristeza - passando pela confusão - , tão rápido quanto um foguete. E no meio de tudo isso, milhões de perguntas; perguntas para as quais o tempo tem me mostrado a resposta, e que tem me ajudado a amadurecer.

Mas a cada dia que passa, a coisa tem tomado proporções cada vez maiores; e surpreendentes. Há uma semana atrás, reencontrei uma prima, que já havia morado na minha casa e eu não via desde que ela saiu de lá. Nos encontramos no ônibus, quando eu estava a caminho do meu primeiro encontro com Fernando (falo disso depois!!!!). Conversamos até a parada onde desceríamos - saltamos no mesmo lugar, já que eu ia ao shopping - e continuamos até o ônibus que ela pegaria passar.

Durante nosso papo, acabei começando a contar pra ela que eu saí de casa, e também falei um pouco - por alto - o porquê da minha decisão; trocamos telefones e marcamos uma praia pra ontem. Passamos o dia todo na praia, e desabafei um pouco com ela: contei a briga que causou a minha saída de casa, e foi justamente nessa hora que tive uma grande surpresa. Ela me contou coisas que eu nunca soube, e que me fizeram entender muitas das coisas que aconteceram e que eu andei fazendo; e confesso que senti muito arrependimento, porque me afastei dela e do meu tio - que mora com ela - baseada no que eu sempre soube da história.

E depois dessa conversa, percebi o quanto com certeza eu posso ter sido injusta; afinal, nunca procurei saber o que de fato aconteceu quando Yalle deixou de morar na casa da minha mãe, e preferi acreditar na versão que ela me apresentou dos fatos, sem sequer procurar saber a outra versão dos fatos. E aí reside a injustiça que cometi, pois me afastei não apenas da minha prima, mas do meu tio também.

E me doeu mais ainda ter agido assim quando ouvi de Yalle algo que eu sempre soube, mas nunca de muita bola: que meu tio sempre gostou muito de mim, e sentia falta de me ver mais. Nessa hora, fiquei me perguntando como pude fazer isso; logo eu, que sempre procurei de agir de maneira justa. E fiquei mais surpresa ainda porque eu parecia não ter a resposta pra essa pergunta; pelo menos, não de início.

Depois, no decorrer do papo e pensando melhor, finalmente percebi tudo: durante toda a minha vida, NUNCA tive opinião própria!!!! Sempre pensei, senti e agi conforme o que minha mãe me mostrava dos fatos; em todas as circunstâncias, nunca me preocupei em procurar saber todas as versões dos fatos, e preferi, todas as vezes, agir conforme aquilo que ela considerava certo. E assim passei minha vida inteira sendo injusta com um monte de gente.

Agora, meu maior questionamento é: como consegui ser assim? Justo eu, que sempre lutei tanto pelo direito de ser eu mesma, percebo que até agora não passei de uma sombra de outra pessoa, de alguém que não era eu. E o pior é que não sei o porquê de ter feito isso. Mas mesmo não sabendo as respostas de que tanto preciso, não desanimo, nem posso dizer que sou infeliz.

Afinal, apesar de toda a tempestade, dificuldades e atribulações pelas quais tenho passado, e mesmo com todos os questionamentos e contradições, tenho crescido muito; e muitas coisas boas têm me acontecido recentemente: tive a preciosa ajuda dos meus amigos na minha mudança de casa, e a cada dia que passa conquisto uma coisa nova e ainda melhor; ganhei uma paz de espírito imensa, desde que estou morando sozinha; e de brinde, conheci Fernando, que a cada dia parece estar gostar de mim e estar disposto a entrar e participar da minha vida.

E no mais, sei que tudo o que me resta a fazer é dar tempo ao tempo e esperar que tudo se ajuste por si só; não posso fazer mais nada além do que já fiz até agora; e esperar, pra mim, tem sido terrível, sendo ansiosa como sou. Aliás, toda essa espera tem sido um grande aprendizado pra mim; esperando as coisas seguirem seu curso - mesmo a contragosto - , estou aprendendo a ser mais paciente, calma e serena. Não é fácil, confesso; mas agora sei, por experiência bem própria, que não é impossível.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Amor e Futebol - Combinação... vejamos né?

Jogo do Sport na Ilha do Retiro, sábado, seis e quinze da tarde e... eu estava lá!!!! Isso mesmo!!!! EU ESTAVA LÁ!!!! Eu, que nunca tive paciência pra assistir jogo de futebol nem mesmo pela televisão - a não ser jogo da seleção em Copa do Mundo - , estava em plena Ilha do Retiro, sábado à tarde, esperando o tal jogo começar.

Espantoso, principalmente porque não entendo vírgula de futebol; mas eu não fui sozinha, claro. Fui muito bem acompanhada; mas nem por isso o programa é mais inusitado pra mim. O "responsável" pela minha primeira experiência futebolística "in loco" é Fernando, novo "candidato a namorado". Ele me propôs irmos ao jogo, e eu aceitei, pra ver no que dava; e... GOSTEI MUITO!!!!

Mas vamos por partes. Primeiro, acho que devo contar como conheci Fernando, minha boa e interessante companhia nesse programinha. Nos "conhecemos" no Yahoo Encontros, site de relacionamentos voltado a pessoas que procuram namoro - ou outros tipos de relacionamentos menos sérios. Ele me mandou uma mensagem bastante criativa, que me impressionou muito; dizia: "vi seu perfil e pensei: essa é a mulher" , e me passava o email dele, pra podermos estabelecer contato.

Fiquei bastante impressionada!!!! Afinal, eu nunca tinha visto nada daquele jeito: além de original e muito criativo - pros padrões da internet, claro - , era bastante "cara de pau" (como falei pra ele quando nos encontramos). Respondi a mensagem dele e, mesmo impressionada, tentei "segurar a onda" e fazer tudo bem devagar; tão devagar, que eu pensei que íamos trocar vários emails até de fato nos conhecermos pessoalmente (isso, se um dia viéssemos a nos conhecer).

O fato é que eu mandei resposta à mensagem dele através do site mesmo, e fiquei esperando resposta; ele me mandou uma resposta - bem rápido, por sinal - e, quando fui tentar responder, não consegui. Mas como eu tinha ficado mesmo bastante impressionada com a "abordagem" dele, resolvi enviar uma mensagem pro seu email pessoal, pra ver se ele respondia. Perguntei um monte de coisas sobre ele: idade, o que fazia da vida, como ele era, essas coisas; e fiquei esperando a resposta.

E ele me respondeu, ainda mais rápido do que eu tava imaginando!!!! Num intervalo de mais ou menos dois ou três dias, ele me mandou um email respondendo a todas as perguntas que eu tinha feito, e dizendo que ligaria pra mim, pra marcarmos alguma coisa. E ligou mesmo!!!! Na quinta - feira, quando eu estava chegando em casa, meu celular tocou, e quase caí pra trás, quando ele falou quem era: Fernando, o autor da mensagem que tanto me impressionou!!!!!

Na hora que ele ligou, eu estava na porta de casa toda enrolada, cheia de sacolas e pacotes, e por isso pedi que ele voltasse a me ligar dentro de poucos minutos, pra que eu pudesse entrar em casa e atendê-lo melhor; e assim ele fez. Dentro de cinco minutos, Fernando voltou a me ligar, e conversamos muito; e nessa conversa, bem... percebemos afinidades, e o papo foi fluindo.

Falamos muito um sobre o outro, e sob os aspectos mais diversos: personalidade, forma de agir, de se comportar, relacionamentos... E marcamos de nos encontrar na sexta - feira, depois que largássemos do trabalho; combinamos no Shopping Tacaruna, pra irmos ao cinema. Tomei o cuidado de pedir que ele me avisasse, caso não pudesse ir por algum motivo, pra que eu não ficasse esperando muito; afinal, eu já tinha levado outros bolos antes, e não queria levar de novo.

Na sexta - feira, dia marcado para o encontro, mandei um torpedo pra ele pedindo a confirmação do que tínhamos marcado; e ele me ligou de imediato, deixando confirmadíssimo o que combinamos. Cheguei ao Tacaruna primeiro que ele, já que largo do trabalho mais cedo (saio do trabalho às cinco e ele, às seis da tarde); liguei pra ele, avisando que já tinha chegado, e fui dar uma volta pelo shopping, enquanto esperava.

Mas nem esperei muito; só tive tempo de olhar algumas poucas vitrines que me interessavam, e Fernando logo chegou. Nos encontramos próximo a uma loja de roupas e nos encaminhamos à bilheteria do cinema, pra comprar os ingressos; no caminho, fomos discutindo qual filme assistiríamos. E foi uma "discussão" ótima, pois pude perceber que temos gostos semelhantes (fizemos exatamente as mesmas sugestões de filmes entre as opções disponíveis, até escolhermos uma comédia).

Compramos ingressos para assistir Brüno, a tão falada e badalada comédia estrelada pelo astro sem - noção de Borat. Como a sessão era às sete, e ainda eram pouco mais de seis, fomos jantar; e no caminho pro restaurante, fomos conversando ainda mais. E a química tava mesmo muito boa: rimos muito, falamos de várias coisas, comemos e fomos ver o filme.

E durante o filme, a coisa foi ainda melhor!!!!! Rimos juntos, fazíamos muitos comentários sobre cenas do filme, tudo isso na maior química. Mas mesmo assim, não quis me empolgar ainda, já que achava muito cedo pra tirar conclusões; deixei rolar, mas procurando não "superfaturar" muito as coisas. Saindo do cinema, ele me propôs conversarmos mais um pouco; nos sentamos numa mesa na Praça de Alimentação do shopping, e ele acabou me propondo irmos a um lugar mais próximo de onde eu moro. E eu topei.

Só tinha um detalhe: iríamos de moto!!!!! Falei pra ele que tinha um pouco de receio de moto, mas ele me tranquilizou dizendo que eu não precisava ter medo, pois ele não corre muito; aceitei, e fomos pra Olinda. Escolhemos um barzinho bastante simpático vizinho ao Clube Atlântico de Olinda.

Continuamos a conversa que tínhamos iniciado no shopping, e a tal química só fez aumentar; tanto, que de repente me vi contando pra ele coisas que tenho aberto pra poucas e raríssimas pessoas. Falei com ele até sobre a relação com a minha família!!! (e chorei no ombro dele!!!!). Rimos ainda mais, e o papo foi ficando cada vez melhor e mais agradável; até chegar aquele "fatídico" momento da "falta de papo" .

E na hora da "falta de papo" sempre acontece a mesma coisa: beijo; e teria sido um beijo igualzinho a tantos outros que experimentei nessas situações, não fosse por uma coisa: já tinha me divertido um monte com ele, e tínhamos conversado uma porção de coisas. E percebi algo diferente enquanto conversávamos: senti uma interação incrível, já que ele me dava total liberdade pra falar e me comportar como eu quisesse.

Foi mesmo muito bom!!!! Ele me perguntou se eu gostava de futebol e eu, sincera como só eu mesma sei ser, falei que só gostava de futebol em época de Copa do Mundo; e ainda acrescentei que não entendia vírgula do esporte que é paixão de dez em cada dez brasileiros!!!! Mesmo assim, ele me convidou pra assistir o jogo do sport no sábado, na Ilha do Retiro. E eu aceitei!!!!!

E no sábado ele me ligou pra combinarmos a hora que sairíamos; me pegou em casa pouco antes do fim da tarde,e fomos direto pra Ilha. Confesso que fui um pouco receosa, já que futebol - como esportes em geral - é um universo meio estranho pra mim; mas mesmo assim fui. Afinal, estava mesmo disposta a viver essa experiência; o máximo que poderia acontecer era eu não gostar (o que era pouco provável, considerando a companhia!!!! rsrsrsrs).

Realmente, ver um jogo de futebol no estádio é bom!!! É mesmo muito legal ver tudo de perto: lances (cujas terminologias não conheço!!!!), torcida e toda a movimentação. Me diverti muito, e acho que até vou querer ir mais vezes. Depois do jogo, fomos jantar e depois a outro barzinho. E a tal da química continua fluindo!!!!

Estamos mesmo nos dando muito bem!!!!! Tá sendo muito bom conhecer alguém com quem posso de fato conversar, rir, me divertir, compartilhar gostos, trocar idéias. Fernando é mesmo um cara muito legal e interessante, e com ele sinto que posso falar e me comportar como quiser; com ele, não preciso ficar "me policiando" , medindo palavras e atitudes.

Aliás, ao falarmos sobre relacionamento, quando falei de André pra ele... a opinião dele foi exatamente essa: "Esse cara é um chato!!!!! Como você passou o tempo que passou com ele?" . Seja como for, não quero me empolgar ou entusiasmar muito; prefiro levar as coisas bem devagar, pra ver o que acontece. Mas pelo menos por enquanto, tá tudo muito bom: estamos descobrindo afinidades, e nos estamos mesmo nos dando muito bem.

Então... deixemos acontecer e fluir, pra ver no que dá!!!!

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Eu, Escritora - Contando Minha "Aventura"

Hoje comecei minha mais nova "aventura" : escrever um livro. E sabe? Estou satisfeita, surpresa mesmo. Porque, mesmo sempre tendo ADORADO escrever, nunca acreditei que um dia pudesse fazer isso "a sério" , "pra valer" mesmo. E não é que eu ache que escrever é brincadeira, nada disso; mas sempre encarei meu gosto pela escrita como um hobby, uma maneira de me expressar mais livremente, de colocar pra fora o que penso e sinto.

Mas isso até hoje; pra ser mais exata, até ser "provocada" , "instigada" a repensar a respeito disso. Até então, nunca tinha pensado, sequer cogitado, que eu pudesse ser escritora. Opa, espera um pouco!!!! Por acaso eu falei escritora? É, parece que falei!!!! E estou mesmo MUITO SURPRESA por falar assim.

Sempre gostei muito, mas muito mesmo, de escrever. Tanto, que sempre acreditei que me expresso muito melhor escrevendo do que falando; e sempre me vali da palavra escrita todas as vezes que quis expressar sentimentos ou pensamentos e não conseguia fazê-lo com a palavra falada. Durante minha vida toda, escrevi cartas imensas e carregadas de sentimento, e nas mais diversas situações.

Lembro que, ao término de um namoro que me marcou e traumatizou muito - tanto, que até terapia comecei a fazer, e faço até hoje, embora com objetivos e sentido diferentes - , escrevi uma carta quilométrica pro meu ex na época, onde eu dizia absolutamente tudo que eu não consegui falar enquanto estivemos juntos, seja por falta de coragem ou de oportunidade mesmo. E entreguei a carta nas mãos dele!!!! Claro que não quis que ele a lesse na minha presença - e acho que foi por medo de como eu me sentiria diante da reação dele - , mas queria conversar a respeito do que escrevi (e embora ele tenha resspeitado minha vontade, conversamos longamente sobre tudo que eu tinha escrito).

O namoro foi pro vinagre, e nem a amizade ficou, mas não deixei de expressar, por meio da escrita, o que eu sentia. Também fiz uso desse artifício pra expor sentimentos à minha mãe (o que suponho não ter adiantado muito, já que nunca tive dela qualquer resposta - ainda que fosse intempestiva - a sequer uma linha do que escrevi pra ela).

Seja como for, o fato é que, como já falei, apesar de adorar escrever, viver da escrita nunca foi um sonho, ou um objetivo meu; pelo menos, nunca amadureci essa ideia. Afinal, como sempre procurei manter meus pés bem fincados no chão - apesar de ser sonhadora, como todo sagitariano com ascendente em touro - , e também sempre fui muito prática, confesso que nunca acreditei que fosse possível alguém se manter, pagar suas contas, através da escrita.

Mas isso foi até dois atrás, quando "ouvi" algo que mudou muito a minha maneira de ver meu vício na escrita até então. E devo isso a uma pessoa que, por enquanto - e digo por enquanto porque sei que tudo pode acontecer, e que o futuro somente a Deus pertence - , conheço apenas virtualmente; mas que, mesmo distante de mim, plantou uma sementinha linda na minha mente, me devolvendo um pouco mais do gosto pela vida, do meu ânimo que ultimamente vinha tão abalado.

O "culpado" por mais essa "revolução silenciosa" - mas mesmo assim devastadora e reformadora - atende pelo nome de Nelson Magrini; um escritor paulista que Deus e o destino colocaram no meu caminho e que, mesmo longe, tem me colocado ainda mais em contato comigo mesma. O conheci no skoob - já falei isso antes - , e ele escreve livros de terror.

Sempre acreditei que, para escrever livros, fosse preciso ter talento; na minha cabeça, um escritor era alguém que, além de possuir, domina o dom da palavra. Via escritores como pessoas que têm o singular talento de prender a atenção das pessoas com aquilo que escreve, ou seja, um exímio contador de histórias (ou estórias); e eu nunca me considerei alguém assim. Pelo menos, não até Nelson aparecer e me "provocar", "desafiar" como ele provocou e desafiou.

Na nossa "conversa" via skoob, ele me fez um elogio que, até então, eu ainda não tinha recebido de ninguém. Comentando sobre o meu alto - astral, ele falou que eu estava me revelando uma verdadeira "filósofa" , e me veio com uma pergunta que me surpreendeu: Nelson perguntou-me se eu já havia pensado em escrever um livro a respeito de filosofia!!!! Escritora, eu? E ainda mais sobre filosofia?

Gelei!!!! Me deu mesmo um frio na espinha!!!! Afinal, por mais que eu sempre tenha adorado escrever, até ele me vir com essa "bomba" , eu realmente nunca tinha pensado nesse meu prazer como algo mais que um hobby, uma maneira de desabafar. Até mesmo meu blog, pelo qual hoje tenho grande carinho, foi algo que só comecei comecei a cultivar movida pela dor do sofrimento e das dificuldades pelas quais venho passando!!!!!!

E Nelson me "planta uma semente" dessas, me instiga desse jeito!!!! Me assustei, mas acho que esse susto deve ter sido bastante momentâneo; sim porque, mesmo assustada, me vi respondendo ao questionamento dele; mais ainda: me vi interessada e bastante empolgada com a ideia de escrever um livro!!!! Fiz milhões de perguntas pra ele: se ele achava mesmo que eu podia escrever um livro, sobre o quê eu poderia escrever, como fazer pra publicar meu livro...

Fui pra casa com a mente borbulhando, pensando em mil possiblidades de livros pra escrever. E hoje, pra minha ainda maior surpresa, comecei a "gerar meu filho" ; comecei a escrever meu livro, e acho que devo ter produzido muito. Escrevi dois capítulos dele!!!! Gostei do resultado, embora saiba que, a cada vez que eu o reler, provavelmente mudarei alguma coisa.

Vou contar as aventuras - e crises - de uma mulher de trinta anos. Se meu livro conta a minha própria história? Pode ser, e se for não será tanta coincidência assim. Claro que tenho milhões de outras dúvidas: será que meu livro será publicado? se for, será que as pessoas irão gostar do que lerem? e será que escreverei e publicarei outros livros?

Não tenho nenhuma dessas respostas, e só o tempo as mostrará pra mim. Mas mesmo assim, quero tentar, correr o risco; e se não der certo, com certeza terá valido a tentativa. Se, como se costuma dizer, todo mundo tem três missões a cumprir na vida - ter um filho, plantar uma árvore e escrever um livro - , pelo menos uma delas estou mergulhando na aventura de cumprir: escrever meu livro.

Se vou cumprí-la ou não, isso já é outra coisa; agora, tudo que sei e posso dizer é que estou tentando (e espero conseguir, de verdade!!!!); E por enquanto, tudo que posso dizer é: OBRIGADA NELSON!!!! DEVO A VOCÊ ESSA MINHA "AUDÁCIA" !!!! QUE DEUS MANTENHA VOCÊ NA MINHA VIDA POR MUITO TEMPO AINDA!!! Ah... e que um dia possamos nos conhecer pessoalmente!!!! Quem sabe isso não acontece no lançamento do meu livro? (rsrsrsrsrs). Ou então em qualquer outra ocasião!!!!

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Provocações - Eu, Escritora? (Quem sabe?)

Hoje fui "provocada" em duas situações diferentes, uma delas bastante incomum e de certa forma até "adormecida" (embora a ideia já tenha passado pela minha cabeça antes). Uma das situações diz respeito aos meus "talentos" ; a outra, tem relação com a maneira como vejo a vida, e o que espero dela.

Há alguns meses, me cadastrei no skoob, um site que reúne pessoas que, como eu, são amantes dos livros. Lá conheci algumas pessoas, entre elas dois escritores: Vanda Amorim, e Nelson Magrini, paulistas. E a tal "provocação" aos meus talentos veio justamente dele, Nilson. Na verdade, a provocação dele foi direcionada a um talento específico meu: a escrita.

Nossa conversa começou quando ele me adicionou à sua rede, e me falou sobre um livro de terror; como eu sempre gostei muito de filmes de terror - embora não os assista há bastante tempo - , sempre quis ler um livro de terror, pra ver que sensações eu teria. Nossa "conversa" começou em torno disso, e acabou indo parar em observações dele sobre o meu alto astral.

E foi a partir dessa observação que ele me provocou, fazendo acender em mim uma ideia antiga minha, mas que, não sei porquê, eu havia descartado. Seja como for, o fato é que, quando ele observou que eu sempre estou de alto astral, dei a mesma resposta de sempre; e ele saiu com uma "sacada" na qual eu realmente nunca tinha parado pra pensar. Ele falou: "Olha só, você está se revelando uma filósofa. Já pensou em escrever um livro a respeito? Um cheiro e um beijo!" .

Ao que eu respondi: "Filósofa, eu? Nadaaa menino!!!!! Quem sou eu? (hehehe). Quanto a escrever um livro, posso te dizer que essa é uma idéia que, pra mim, foi como "vontade que deu e passou" ; porque, mesmo ADORANDO escrever (acho que você já notou isso né?kkkk), sempre achei que essa coisa de escrever livro fosse pra quem tem talento e domínio da palavra escrita. E não sei por que, mas acho que não tenho esse tal "talento literário" não. Minha única "aventura" nesse campo é o meu blog, que fiz e mantenho há uns 5 meses; mas não é nada literário, é apenas um espaço que resolvi montar pra poder falar um pouco o que penso e sinto. É mais um "diário" , um espaço pra "desabafo" , não tendo mesmo nenhuma pretensão literária. De qualquer forma, sua idéia me parece boa!!! Quem sabe um dia eu não resolvo me aventurar e escrever um livro? (hehehe). Cheiro e Beijo pra tu!!!!"

A isso, ele replicou: "Mas deveria tentar, mesmo, Thathy. Você que adora escrever (sim, dá para perceber, não se preocupe!!), não tem essa de "acho que não tenho esse tal "talento literário" não"! Só pondo a mão na massa que você irá descobrir. E quer saber? Acho que se você tentasse, não parava mais. Palavra de escritor! Um cheirinho!"

E eu, claro, respondi:"Você acha mesmo? Pergunto isso porque, como te falei, já pensei nisso; só não saberia como fazer pra publicar meu "possível livro" , já que não conheço ninguém nessa área. E além disso, sobre o quê eu poderia escrever? Quanto ao tal "talento literário' só falei porque sempre acreditei que os grandes e bons escritores tivessem precisado estudar pra isso, além do talento. E como eu nunca tive contato com isso, sempre acreditei que essa coisa de escrever livros não fosse pra mim. Mas agora, com um estímulo de um escritor... acho que vou pensar no assunto!!!! Afinal, se você, que é escritor, diz que eu posso escrever... quem sou eu pra dizer que não posso? (hehehe). Mil Cheirinhos pra você!!! P.S: E como falei, aceito sugestões de assuntos sobre os quais eu possa escrever. E quanto ao meu blog, aí vai o endereço dele, caso você queira dar uma olhada: www.thatamundi.blogspot.com. Assim, você pode ir lá, ler e me dizer se eu realmente tenho "futuro" como escritora!!! (rsrsrsrs)"

O fato é que, depois desse "papo" com ele, confesso que me senti "instigada" , "desafiada" mesmo; e agora estou pensando em começar a escrever um livro sim, pra ver no que dá. Vou tentar pensar em algo sobre o que eu possa escrever, e vou colocar a "mão na massa" como Nelson bem falou.

A provocação com relação à forma como enxergo e o que espero da vida veio de Vanda, a escritora paulista. Hoje recebi um recado dela sobre um concurso que tá rolando numa comunidade do orkut chamada VICIADOS EM LIVROS; e foi justamente isso que fez germinar a "sementinha da reflexão" na minha cabeça. Lá, pede-se que as pessoas respondam à seguinte pergunta: "Apesar de todas as adversidades, amar ainda vale a pena?".

Quando vi isso, fiquei chocada!!!!! Não com a pergunta, mas com a forma como eu reagi a ela; pela primeira vez na vida, não tive a reação que eu sempre costumei ter diante desse tipo de questionamento; pior, NÃO TIVE PRATICAMENTE REAÇÃO ALGUMA!!!! Não entendi: como justamente eu, que SEMPRE fui tão romântica e crente no amor, pude me deparar com uma pergunta dessas e aparentemente não ter qualquer resposta pra ela?

É como se, repentinamente, eu tivesse me dado conta de que, diferente do que eu sempre acreditei, eu SIMPLESMENTE NÃO SEI MAIS SE AMAR VALE MESMO A PENA OU NÃO, APESAR DAS ADVERSIDADES!!!!! E não é que eu tenha perdido a esperança de encontrar alguém capaz de me amar verdadeiramente; alguém que de fato me mereça e seja capaz de me entender e respeitar exatamente como sou, muito pelo contrário. O que eu NÃO SEI - ou pareço não saber - É SE VALE A PENA CONTINUAR PROCURANDO ATÉ ENCONTRAR OU, PIOR, SE VALE A PENA TER ESSE ALGUÉM!!!

E me sentir assim é SIMPLESMENTE HORRÍVEL!!!!!! Tudo bem que eu já sabia do quanto estou confusa, diante de tantas adversidades pelas quais tenho passado nesses últimos meses (uma perda em seguida da outra, não tem cristão que aguente!!!!); só não imaginava que a confusão da minha cabeça estava assim, tão grande!!!! E séria também.

Ao mesmo tempo, sei que é perfeitamente normal eu me sentir assim; mas me assusta muito ver que uma das minhas crenças mais fortes (DEPOIS DE DEUS) está tão abalada. Tenho consciência plena de que não deixei de acreditar no amor; tanto que, se eu tivesse mesmo deixado de acreditar, com certeza também teria deixado de desejar encontrá-lo. O que parece que eu não sei mais é o quanto eu acredito nisso, e o quanto é válido ou não continuar minha busca incessante por ele.

De qualquer forma, foi mesmo MUITO BOM pra mim ter levado essa "sacolejada" , pois vai me ajudar a realmente pensar na minha vida e no que tenho feito dela. Ainda não sei o que fazer com relação a um monte de coisas; mas tenho certeza que vou descobrir.

E quem sabe essa minha "reflexão" não pode dar origem ao meu livro? Vamos ver no que dá isso!!!!

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Montando Minha Casa... com a ajuda de Deus e dos amigos!!!!!

Essa semana fiz e ganhei minhas primeiras "aquisições" pra minha casa; comprei meu fogão (muito necessário pra quem mora só), e ganhei de presente um liquidificador e vasilhas e potes para guardar meus mantimentos.

Estou mesmo MUITO FELIZ!!!!! Finalmente, sinto que a minha vida é realmente minha. Explico: estou vivendo uma fase ótima, pois finalmente posso fazer da minha vida o que eu quiser e bem entender; posso fazer as coisas do jeito e na hora que eu quiser, sem ser criticada nem ter que dar satisfações pra ninguém. E isso é MARAVILHOSO!!!!

Claro que, como nem tudo é perfeito, as coisas entre mim e a minha família ainda não estão assim tão bem, como eu gostaria que estivesse. Mas sei que a melhor solução é dar tempo ao tempo, pra que tudo se ajuste por si só. Afinal, passei muito tempo - uma vida inteira, pra ser mais exata - sendo oprimida por eles; e acho que agora o momento é de eu me manter na minha, tocando a minha vida e deixando o tempo passar, pra ver o que acontece.

É mesmo muito duro pra mim ter que agira dessa forma, já que sinto muita falta deles, principalmente da minha mãe. Mas entendo que tem mesmo que ser assim; preciso ficar longe deles por um tempo, pra que todos nós possamos refletir e dar mais valor uns aos outros.

O mais importante, agora, é que não guardo nem estou cultivando qualquer raiva deles; e por isso mesmo, vejo e sinto as coisas dando tão certo pra mim. Afinal, fui morar sozinha praticamente sem nada (só tinha os móveis do meu quarto), e ganhei um monte de coisas: uma geladeira (usada, mas que tem me servido muito); pratos e copos, que eu não tinha; um enxoval bem bacana; meu liquidificador; abridor de latas... é tanta coisa, que se eu for listar não acaba mais!!!!

E ganhei também o mais importante: sossego, paz interior; sinto-me mesmo muito mais calma, tranquila e serena, sensações que hoje sei que nunca tinha experimentado antes. Estou dormindo bem melhor, algo que eu também não desfrutava tinha tempo. A cada dia que passa, minha paz só tem aumentado, e tenho certeza de que toda essa tempestade pela qual tenho passado nesses últimos 5 meses (perda de renda, perda de namorado - que apesar de não ter sido da melhor maneira, foi o melhor que poderia ter me acontecido - , desentendimentos com minha família que culminaram com a minha saída de casa) logo vai passar, e dias melhores virão.

E a propósito, por falar em perda do namorado, tenho experimentado sentimentos estranhos, e experimentado sensações igualmente estranhas com relação a isso. Ainda penso e gosto dele - mesmo sabendo que não deveria - , e por incrível que pareça, ainda me pego desejando que esse namoro dele não dê certo e ele se arrependa e volte pra mim; e o pior não é isso: tenho sonhado com ele várias noites, e os sonhos mais esquisitos!!!!!

Ontem mesmo, sonhei que encontrava com a irmã e a mãe dele, que me diziam que ele sentia muito minha falta e me queria de volta; sei que isso nunca vai acontecer, já que, ao que parece, ele está mesmo muito feliz com essa namorada que ele está. E digo parece porque não estou vendo como as coisas estão, e sendo assim só posso presumir o que acontece. Mas o fato é que tive esse sonho e, ao acordar, pensei no que isso pode significar.

Não vou alimentar qualquer esperança de que possa me procurar e querer reatar nosso namoro (que apesar de tudo teve seus bons momentos), porque sei que sempre que faço isso, sofro; mas confesso que não consigo deixar de desejar que um dia possamos acertar as nossas contas.

E quanto à minha casa, do jeito MARAVILHOSO que as coisas vão - e que eu devo a DEUS - , acredito que até o fim do ano minha casa vai estar montadinha, do jeito que eu gosto. Claro que ainda faltam algumas coisas (minha cômoda, meu armário de parede, talheres e outras coisas); mas com a ajuda de Deus e dos LINDOS amigos que ele me deu (ou seriam anjos da guarda?), tenho certeza de que logo conseguirei.

O importante é que estou mesmo MUITO FELIZ - embora ainda não completamente - com a nova vida que estou levando, e a cada dia a minha fé de que tudo vai mesmo dar certo só aumenta.