Thata Vilella

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Thalyta e Candrel - Contas Acertadas

Contas acertadas. Página Virada. Nova relação começando, com muito mais chances de dar certo. É bem assim que estou me sentindo, com relação a André; quem é ele? Meu ex - namorado, que há um ano atrás me deixou, na maior covardia, e ainda me trocou por outra.

Nosso "processo de fazer as pazes" começou há 5 meses atrás, quando ele falou comigo no msn (num ato de ousadia e coragem, reconheço) , e me pediu desculpas por tudo que tinha feito comigo; aceitei e, de lá pra cá, vínhamos tentando ser amigos. E digo tentando porque, mesmo tendo conversado com ele no msn e começado a acertar nossas "contas pendentes" , sempre senti que a coisa não estava, por assim dizer, "completa" .

Afinal, conversar pelo msn, sem olhar no olho da pessoa, é uma coisa; diz-se tudo que se quer (beneficiado pelo fato de não se estar olhando pro outro) , e se pode reagir como quiser. Difícil mesmo, é conversar olho no olho, falando e ouvindo o que é preciso, e vendo as reações do outro, assim como tendo as suas, sem poder esconder ou controlar. E era isso que eu queria: conversar com ele olhando no olho dele (apesar de saber que ela não olharia nos meus, por motivos óbvios) , vendo as reações que ele teria a cada coisa que eu falasse, e ouvindo o que ele tivesse a dizer.

Desde a nossa "conversa esclarecedora" via msn, tenho sido confidente dele; isso mesmo, confidente!!!!! Ele tem contado pra mim - e comigo - tudo da vida dele: o que tem planejado e desejado, o que tem feito, e até mesmo como está o atual namoro dele (com a "dita cuja" pela qual ele me trocou) . Demos início a uma amizade (relação bem mais proveitosa) mas, mesmo assim, ainda estava com a sensação de que faltava algo. E faltava mesmo.

Até que, numa das nossas conversas pelo Google Talk (é assim que temos conversado, sempre que possível) ele veio com uma história de ir na minha casa, de eu "consolá-lo" , por causa da crise do namoro dele. Como pensei que era brincadeira dele, embarquei na onda e disse que ele poderia ir sim; mas sobre o tal "consolo" , eu disse que nada feito: que se fosse pra termos qualquer coisa (e isso não era algo que estivesse nos meus planos, já que eu não tinha a menor pretensão ou esperança de reatar ou ao menos ter algo com ele) , ele teria que estar solteiro.

Foi quando ele me falou que o namoro dele tinha se acabado; e não era só isso: ela tinha conhecido outras pessoas, e se interessado nelas. Ou seja: traição. O fato é que ele estava mal, carente e precisando de consolo; e a quem ele estava pedindo isso? A mim!!!! Justo a mim, que ele tinha feito sofrer e chorar tanto!!!! Na conversa que tivemos sobre isso, ele inclusive questionou, por várias vezes, se isso que ele estava passando era algum "castigo" pelo que ele tinha feito comigo. Palavras dele: " - Será que estou sendo castigado pelo que te fiz? Fiz você sofrer tanto assim? Vai ver que sim, e agora chegou a minha vez de sofrer um pouco também; devo estar pagando pelo que te fiz."

Tentei confortá-lo dizendo que não, que ele não se sentisse "castigado" por nada; afinal, eu já tinha superado tudo que havia acontecido, e também o tinha perdoado. E por isso, ele devia considerar tudo que estava passando não como um castigo, mas como uma oportunidade que Deus e a vida estão dando a ele de crescer, amadurecer, aprender e modificar-se como pessoa. Mas não era somente "conforto espiritual" que ele queria; André estava - e ainda está - era bem carente, precisando de calor humano (ou, pra ser mais exata, de calor de mulher).

Nessa conversa, ele me propôs ir na minha casa no sábado e eu aceitei, pois não estava levando a sério o que ele estava falando; mas não é que, no dia seguinte a essa conversa, ele voltou a falar no assunto, e até mandou mensagens perguntando de que horas deveria chegar na minha casa, e me pedindo pra enviar email explicando o roteiro. Enviei o tal email, mesmo sem acreditar que isso aconteceria mesmo.

Mas no sábado, conforme marcado... chega André, na minha casa, de "mala e cuia" pra passar o dia comigo; o dia!!!! Pelo menos, era esse o plano, e era isso que eu pensava. No entanto... as horas foram passando, passando e, quando nos demos conta, já era noite; e como era tarde pra ele ir embora (são mais ou menos 4 ônibus, em 2 integrações) , ele me perguntou se poderia passar a noite na minha casa. Eu concordei, mas disse que teríamos que dividir a cama, já que na minha casa não tem colchão nem estrutura pra receber hóspedes.

Ele me disse que tudo bem, e ficou. O mais importante, mesmo, é que essa visita dele foi muito boa pra nós dois, principalmente pra mim. Conversamos muito, sobre a relação dele com a atual namorada e, inevitavelmente, sobre a nossa separação (que está intimamente ligada à nova relação dele) . Foi uma conversa positiva, na qual pudemos colocar os pingos nos is, e nos dizer muitas coisas que não haviam sido ditas.

Minha maior surpresa, mesmo, foi ver que, diferente do que eu sempre pensei, eu tinha tanto a falar quanto tinha a ouvir dele; tinha mesmo muita coisa "entalada" na minha garganta, precisando ser dita, "posta pra fora" . E assim o fiz: falei (e foi um desabafo) tudo que eu tinha pra dizer (e que não perdeu o sentido, apesar do tempo que passou - mais de 1 ano) , e escutei as explicações dele (um tanto absurdas pro meu gosto, mas nem por isso menos explicações) .

Até email que a atual namorada dele mandou pra ele, enquanto ainda namorávamos, eu li; e também foi bom porque, além de me dar uma ainda maior compreensão de tudo que houve, também serviu pra formar minha imagem sobre ela (se é que tenho esse direito, e isso nem vem ao caso agora) . Depois dessa conversa, fomos dar um passeio na praia, jantamos na volta, e ele me perguntou se poderia deitar ao meu lado na cama, só pra sentir meu calor (pois estava bem carente de calor de mulher, e não podia ser qualquer uma - devo me sentir lisonjeada? rsrsrs) .

Deitamos e acabamos ficando juntos, o que também serviu como uma espécie de "revival" , ou "despedida" (não sei bem que nome dar a isso) ; assim, agora posso dizer: virei essa página, e tenho certeza de que nós dois só damos certo como amigos. Agora, estamos vivendo uma "amizade colorida" , por assim dizer; sei que tudo isso está acontecendo somente porque ele está carente, mas que mal tem isso?

Tenho plena consciência de que, quando a namorada dele voltar, daqui a alguns dias, eles conversarão, farão as pazes e tudo voltará a ser como antes: eles dois um casal, e eu tocando minha vida, quase como se nada tivesse acontecido. Por que quase? Porque não posso ignorar nem fingir que não aconteceu; mas também não tenho expectativas (definitivamente não o quero como namorado, a não ser que seja algo que tenha que ser) , muito menos qualquer encucação quanto a isso.

Daqui a alguns dias, tudo volta a ser como era antes; mas qual o problema? O importante é que, agora, estou vivendo algo bom, que está me divertindo muito (e sei que a ele também) . Afinal, na minha vida, do jeito que ela está estruturada hoje, não tem lugar pra ele, como meu namorado (a menos, repito, que seja obra do destino mesmo - aí, não tem muito como fugir) . E além do mais... damos muito mais certo como amigos!!!!