Thata Vilella

terça-feira, 28 de julho de 2009

Minha Mudança - Contagem Regressiva

Sábado, dia 01 de agosto, inicio vida nova, pois estarei mudando de casa; estou indo morar sozinha. Novo passo, novos desafios, novas responsabilidades. Estou ansiosa, mas também apreensiva; ansiosa, por não ver a hora do dia chegar, e apreensiva pelas novas responsabilidades que estarei assumindo desse momento em diante.

A partir de sábado, não morarei mais na casa da minha mãe, mas na minha casa. E isso tem muitos significados: estou dando o primeiro passo - genuíno - rumo à minha independência; estou rompendo com a minha família, na tentativa de recuperar minha relação desgastada com ela (se é que isso ainda é possível); e de quebra estou assumindo as rédeas da minha vida.

Depois que eu estiver na minha casa, a minha passará a ser responsabilidade total e completamente minha. Passarei a ser a única responsável por todas as escolhas e coisas que eu fizer. Terei que administrar, além da minha vida, uma casa; e sozinha, sem contar com ninguém. Agora, vivendo sozinha, sei que precisarei ter cuidado redobrado comigo mesma e com as pessoas que me cercam.

Terei que aprender a efetivamente me virar sozinha, sem a ajuda de ninguém. Vou cozinhar, lavar, passar, arrumar, tudo somente pra mim. Não terei mais ninguém me cobrando, mas em compensação terei a mim mesma me policiando.

Quanto à minha relação com a minha família - principalmente com a minha mãe - sei que a minha saída de casa poderá trazer muitos benefícios; pois a experiência mostra que nos damos muito melhor cada uma no seu canto. Agora também terei mais liberdade nos meus relacionamentos, pois poderei namorar sem interferências; ninguém mais (leia-se minha mãe) vai ficar se metendo, dizendo o que devo ou não fazer, como devo ou não conduzir meu relacionamento.

No meio desse caminho, conheci uma pessoa que parece ser muito legal, com a qual tenho encontrado afinidades, e que tem me dado apoio nesse momento. Estou muito feliz e gosto da companhia dele, mas estou sendo muito cautelosa e indo o mais devagar que posso com tudo isso; afinal, da última vez que confiei plenamente em alguém lembro muito bem qual foi o resultado, e não quero passar por todo o sofrimento que passei novamente.

Por isso mesmo, estou levando tudo com a leveza que deve ser levado, dando um passo de cada vez e observando, pra tentar descobrir como e quem ele é. E tudo isso também tem sido positivo pra mim, pois tenho amadurecido muito com o que tenho passado. Hoje posso dizer que sou mais adulta, centrada e equilibrada.

E não que eu já não fosse assim antes disso tudo; mas é como se antes eu não tivesse a capacidade que tenho hoje, de olhar as coisas pelas quais passo como se eu estivesse fora delas, como se não fosse comigo, e assim tenho conseguido tomar as melhores decisões, fazer as melhores escolhas. Pelo menos, eu tenho tentado.

Estou em plenos preparativos pra minha mudança, e ainda não falei nada pra ninguém lá em casa; um pouco por falta de oportunidade, um pouco por não saber como falar e um pouco por receio das reações que posso provocar. De qualquer forma, dando a notícia pra eles ou não, me mudo sábado de manhã, e a partir daí começo vida nova. Diferente, mais livre, mais tranquila, mais minha; mas também... MAIS RESPONSÁVEL!!!!

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Saindo de Casa... mais uma vez!!! E definitiva!!! (pelo menos, eu acho!!!)

Estou saindo de casa... mais uma vez!!!! Mas dessa vez é bem diferente da anterior, e por vários fatores. Pra começar, o motivo é bem mais sério; e dessa vez, diferente da primeira, saio de maneira mais planejada, e pra um canto meu, individual.

Há mais ou menos três semanas, tive uma briga feia com a minha mãe; até aí, tudo normal, não fosse por um detalhe: levei uma forte e estrondosa bofetada no rosto; e dada não pela minha mãe, mas pelo meu irmão. E isso foi o que doeu mais; porque, além dele ter se metido numa briga que não era dele - o assunto era entre mim e ela - , ele ainda me bateu (algo que de forma alguma ele tem o direito de fazer).

A briga toda começou por causa de uma panela que queimei - sem querer - fazendo pipoca; como a tal panela era uma das que minha mãe tem mais ciúme - por ser de alumínio - , quando ela chegou e viu não quis nem ouvir minhas explicações: foi logo me dando aquele esculacho. E o pior: nem se preocupou com o fato de que tinha gente estranha em casa, assistindo a tudo aquilo.

Mas até aí, tudo bem; afinal, essa atitude é bem normal nela (embora não seja certa, muito menos aceitável). Só que a coisa foi piorando e, lá pelas tantas e no auge da discussão, meu irmão "resolveu" se meter na briga. Foi quando ela mais uma vez - como sempre faz - me expulsou de casa; nessa hora, perdi o controle - confesso, pois não sou de ferro - , e "joguei na cara" dela que só não saía por causa do empréstimo que ela me fez pedir pra ela dizendo que racharia o pagamento comigo, mas que eu pago sozinha.

Foi aí que o meu irmão se meteu no meio da confusão; e eu, acho que movida pelo cansaço de ser sempre o "saco de pancadas" de todos, explodi e disse que morar em casa como ele era ótimo: afinal, ele não tinha qualquer responsabilidade com nada, e era mesmo um vagabundo. E ele, do topo da sua arrogância, me deu aquele tapa!!! Doeu no rosto e na alma.

E foi justamente por causa disso que percebi que as coisas chegaram a um ponto no qual ou eu realmente saía de casa, ou a relação entre todos nós ficaria insustentável. E caí em campo: comecei a procurar lugar pra morar. Mas dessa vez, fui pra "ponta do lápis" , fazer as contas pra ver até quanto seria o valor de um aluguel que eu pudesse pagar sem enormes sacrifícios.

Dessa vez, eu sabia que tinha que planejar melhor minha saída de casa; não podia agir da maneira precipitada que agi da primeira vez pois agora, diferente de antes, não poderia mais voltar (decisão que eu hoje sei ter tomado precipitadamente). Então, me mantive calada e comecei a procurar.

E durante essa procura, experimentei momentos de uma "gangorra" sentimental incrível: fiquei nervosa, ansiosa, estressada, agitada, irritadiça; tudo ao mesmo tempo!!!!! Até a hora em que parei, refleti - movida, como sempre, pelos meus amigos - e vi que o melhor era tentar me acalmar, pois só assim seria possível pra mim encontrar o que eu procurava.

E assim aconteceu. Uma amiga, passando de ônibus, viu uma placa falando de uma kitinete pra alugar, anotou o telefone e me passou, pra que eu ligasse. Liguei, fui lá olhar e fechei negócio no feriado de Nossa Senhora do Carmo; e me mudo dia 1º de agosto. Agora, estou em plenos preparativos pra minha mudança!!!!

Estou bem consciente e sei que estou dando um passo muito sério e importante na minha vida, e que percorrer esse novo caminho na minha vida não será nada fácil; sei que poderei ter algumas dificuldades, mas que não posso desanimar nem pensar em desistir. Porque disso depende a melhora da minha relação com a minha família; afinal, não posso esquecer - muito menos ignorar - que, apesar de tudo eles são a minha família, e que por isso mesmo não podemos ser inimigos.

Mas agora também sei que só "damos certo" vivendo longe um do outro, cada um no seu canto; e por isso mesmo estou saindo. Estou indo morar num lugar bem menor do que a casa da minha mãe, e por isso mesmo terei que administrar essa falta de espaço; mas como saindo de casa estarei recuperando minha paz de espírito, estou animada e esperançosa de que tudo vai dar certo.

Como estou com esse empréstimo pra pagar, esse lugar onde estou indo morar tá mesmo de muito bom tamanho pra mim; e quando eu terminar de pagar minha dívida, me mudo pra um lugar maior. Ainda não contei a ninguém da minha família sobre a minha mudança, e acho que só vou fazê-lo quando estiver perto de mudar. E também sei que, longe deles - principalmente da minha mãe - minha vida vai andar mais em certos sentidos. E por isso estou feliz!!!!

Que Deus me proteja, me guie e me ajude nessa nova fase da minha vida!!!!