Hoje é um daqueles dias nos quais todo mundo provavelmente está fazendo o chamado "balanço" do ano que se encerra: pensando no que fez, sentiu, falou ou decidiu, e talvez percebendo que se arrependeu disso ou daquilo, ou se questionando como foi capaz de falar ou escrever alguma coisa.
Essa atitude é de fato muito positiva, desde que se tenha bem claro em mente o sentido da palavra arrependimento; e que se saiba que palavras faladas ou escritas não se apagam, mesmo que possamos pedir desculpas às pessoas que as ouviram ou rasgar os papéis nos quais elas foram escritas.
Nenhuma dessas ações muda o que já foi feito, falado, decidido. Arrepender-se significa apenas que lamentamos o fato de que algum ato ou decisão nossos tenha magoado ou causado danos sérios à vida de alguém; e nos desculpar por algo que dissemos ou destruir os registros do que escrevemos não desfará as palavras que saíram de nossa boca ou cabeça.
Por isso mesmo, costumo dizer que meus maiores arrependimentos são os sentimentos que não demonstrei, os pensamentos que não expressei; e que por mais que eu lamente o fato de que algumas coisas que falei ou escrevi durante a minha vida tenham magoado ou prejudicado alguém, não penso em nenhum momento em apagá-las; pois sei que cada ato, sentimento ou pensamento meu foi necessário nos momentos em que ocorreram.
Guiada por esse raciocínio, posso dizer que esse ano pra mim foi excelente, pois pensei mais antes de falar ou fazer algo, tive todos os pedidos que fiz a Deus atendidos, e fui surpreendida pela vida da forma mais agradável que existe.
Minha vida mudou muito e de maneira muito rápida durante esse ano: comecei meu curso de Letras, após ser aprovada com louvor no vestibular (e isso depois de anos sem pegar nos livros, e estudando da maneira que o meu trabalho me permitiu); e tive a maior alegria do mundo quando, após concluir o primeiro período da faculdade descobri que estava grávida, em meio a um tratamento de saúde.
Essa sim, a maior das alegrias e surpresas que alguém pode ter; soube que serei mãe justamente no momento em que eu havia finalmente desencanado desse desejo - tinha apagado da minha cabeça qualquer pretensão relativa a isso - e estava me tratando de uma doença séria.
Claro que, de início, junto com a alegria, veio o susto; afinal de contas, por causa do tratamento de saúde que eu estava fazendo, vinha tomando muitos remédios, e por isso tive medo pelo nosso bebê. Mas ao mesmo tempo tive Fé e entreguei meu filho a Deus - de Quem não duvido nem por um minuto - e pedi a Ele que tudo fosse conforme Sua vontade.
De uma hora pra outra, minha vida mudou radicalmente: por conta do risco de perder nosso filhote, precisei ficar em repouso absoluto, o que me forçou a ficar sem trabalhar um tempo e trancar meu curso. Aliás, o trancamento da minha matrícula na FAFIRE foi algo que fiz sem titubear; claro que, ao mesmo tempo, senti uma pontinha de tristeza pois, além de adorar o curso, fiz amigas das quais não queria me afastar.
Mas, bem maior que a pontinha de tristeza, era a alegria que eu estava sentindo, e a minha disposição de fazer o que fosse preciso para que o meu filho vivesse; até mesmo dar uma virada como essa na minha vida.
Dei a tal virada, passei dois meses em casa de repouso absoluto e agora cá estou eu, com 7 meses de gravidez aguardando o nascimento do meu filhote, que graças a Deus é muito saudável - e assim nascerá.
Meu casamento, que já era MUITO FELIZ, ficou melhor ainda, e estamos fechando o ano ainda mais unidos e apaixonados; com dificuldades, como todo casal, mas com um amor enorme, que nos torna capazes de superar qualquer problema que surja.
Passamos férias maravilhosas, estamos de volta em casa - um tanto quanto a contragosto!!!! rsrsrs - , e atarefadíssimos; temos milhares de coisas a organizar para a chegada do nosso pequeno: casa nova pra encontrar, compras a fazer, etc.
Por isso, digo: Adeus 2012!!!! Chega logo, 2013!!!! Por quê? Porque queremos ver logo o rostinho do nosso menino, que nascerá em março cheio de saúde, energia e disposição pra conhecer o mundo.
