Thata Vilella

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Eu, Escritora - Contando Minha "Aventura"

Hoje comecei minha mais nova "aventura" : escrever um livro. E sabe? Estou satisfeita, surpresa mesmo. Porque, mesmo sempre tendo ADORADO escrever, nunca acreditei que um dia pudesse fazer isso "a sério" , "pra valer" mesmo. E não é que eu ache que escrever é brincadeira, nada disso; mas sempre encarei meu gosto pela escrita como um hobby, uma maneira de me expressar mais livremente, de colocar pra fora o que penso e sinto.

Mas isso até hoje; pra ser mais exata, até ser "provocada" , "instigada" a repensar a respeito disso. Até então, nunca tinha pensado, sequer cogitado, que eu pudesse ser escritora. Opa, espera um pouco!!!! Por acaso eu falei escritora? É, parece que falei!!!! E estou mesmo MUITO SURPRESA por falar assim.

Sempre gostei muito, mas muito mesmo, de escrever. Tanto, que sempre acreditei que me expresso muito melhor escrevendo do que falando; e sempre me vali da palavra escrita todas as vezes que quis expressar sentimentos ou pensamentos e não conseguia fazê-lo com a palavra falada. Durante minha vida toda, escrevi cartas imensas e carregadas de sentimento, e nas mais diversas situações.

Lembro que, ao término de um namoro que me marcou e traumatizou muito - tanto, que até terapia comecei a fazer, e faço até hoje, embora com objetivos e sentido diferentes - , escrevi uma carta quilométrica pro meu ex na época, onde eu dizia absolutamente tudo que eu não consegui falar enquanto estivemos juntos, seja por falta de coragem ou de oportunidade mesmo. E entreguei a carta nas mãos dele!!!! Claro que não quis que ele a lesse na minha presença - e acho que foi por medo de como eu me sentiria diante da reação dele - , mas queria conversar a respeito do que escrevi (e embora ele tenha resspeitado minha vontade, conversamos longamente sobre tudo que eu tinha escrito).

O namoro foi pro vinagre, e nem a amizade ficou, mas não deixei de expressar, por meio da escrita, o que eu sentia. Também fiz uso desse artifício pra expor sentimentos à minha mãe (o que suponho não ter adiantado muito, já que nunca tive dela qualquer resposta - ainda que fosse intempestiva - a sequer uma linha do que escrevi pra ela).

Seja como for, o fato é que, como já falei, apesar de adorar escrever, viver da escrita nunca foi um sonho, ou um objetivo meu; pelo menos, nunca amadureci essa ideia. Afinal, como sempre procurei manter meus pés bem fincados no chão - apesar de ser sonhadora, como todo sagitariano com ascendente em touro - , e também sempre fui muito prática, confesso que nunca acreditei que fosse possível alguém se manter, pagar suas contas, através da escrita.

Mas isso foi até dois atrás, quando "ouvi" algo que mudou muito a minha maneira de ver meu vício na escrita até então. E devo isso a uma pessoa que, por enquanto - e digo por enquanto porque sei que tudo pode acontecer, e que o futuro somente a Deus pertence - , conheço apenas virtualmente; mas que, mesmo distante de mim, plantou uma sementinha linda na minha mente, me devolvendo um pouco mais do gosto pela vida, do meu ânimo que ultimamente vinha tão abalado.

O "culpado" por mais essa "revolução silenciosa" - mas mesmo assim devastadora e reformadora - atende pelo nome de Nelson Magrini; um escritor paulista que Deus e o destino colocaram no meu caminho e que, mesmo longe, tem me colocado ainda mais em contato comigo mesma. O conheci no skoob - já falei isso antes - , e ele escreve livros de terror.

Sempre acreditei que, para escrever livros, fosse preciso ter talento; na minha cabeça, um escritor era alguém que, além de possuir, domina o dom da palavra. Via escritores como pessoas que têm o singular talento de prender a atenção das pessoas com aquilo que escreve, ou seja, um exímio contador de histórias (ou estórias); e eu nunca me considerei alguém assim. Pelo menos, não até Nelson aparecer e me "provocar", "desafiar" como ele provocou e desafiou.

Na nossa "conversa" via skoob, ele me fez um elogio que, até então, eu ainda não tinha recebido de ninguém. Comentando sobre o meu alto - astral, ele falou que eu estava me revelando uma verdadeira "filósofa" , e me veio com uma pergunta que me surpreendeu: Nelson perguntou-me se eu já havia pensado em escrever um livro a respeito de filosofia!!!! Escritora, eu? E ainda mais sobre filosofia?

Gelei!!!! Me deu mesmo um frio na espinha!!!! Afinal, por mais que eu sempre tenha adorado escrever, até ele me vir com essa "bomba" , eu realmente nunca tinha pensado nesse meu prazer como algo mais que um hobby, uma maneira de desabafar. Até mesmo meu blog, pelo qual hoje tenho grande carinho, foi algo que só comecei comecei a cultivar movida pela dor do sofrimento e das dificuldades pelas quais venho passando!!!!!!

E Nelson me "planta uma semente" dessas, me instiga desse jeito!!!! Me assustei, mas acho que esse susto deve ter sido bastante momentâneo; sim porque, mesmo assustada, me vi respondendo ao questionamento dele; mais ainda: me vi interessada e bastante empolgada com a ideia de escrever um livro!!!! Fiz milhões de perguntas pra ele: se ele achava mesmo que eu podia escrever um livro, sobre o quê eu poderia escrever, como fazer pra publicar meu livro...

Fui pra casa com a mente borbulhando, pensando em mil possiblidades de livros pra escrever. E hoje, pra minha ainda maior surpresa, comecei a "gerar meu filho" ; comecei a escrever meu livro, e acho que devo ter produzido muito. Escrevi dois capítulos dele!!!! Gostei do resultado, embora saiba que, a cada vez que eu o reler, provavelmente mudarei alguma coisa.

Vou contar as aventuras - e crises - de uma mulher de trinta anos. Se meu livro conta a minha própria história? Pode ser, e se for não será tanta coincidência assim. Claro que tenho milhões de outras dúvidas: será que meu livro será publicado? se for, será que as pessoas irão gostar do que lerem? e será que escreverei e publicarei outros livros?

Não tenho nenhuma dessas respostas, e só o tempo as mostrará pra mim. Mas mesmo assim, quero tentar, correr o risco; e se não der certo, com certeza terá valido a tentativa. Se, como se costuma dizer, todo mundo tem três missões a cumprir na vida - ter um filho, plantar uma árvore e escrever um livro - , pelo menos uma delas estou mergulhando na aventura de cumprir: escrever meu livro.

Se vou cumprí-la ou não, isso já é outra coisa; agora, tudo que sei e posso dizer é que estou tentando (e espero conseguir, de verdade!!!!); E por enquanto, tudo que posso dizer é: OBRIGADA NELSON!!!! DEVO A VOCÊ ESSA MINHA "AUDÁCIA" !!!! QUE DEUS MANTENHA VOCÊ NA MINHA VIDA POR MUITO TEMPO AINDA!!! Ah... e que um dia possamos nos conhecer pessoalmente!!!! Quem sabe isso não acontece no lançamento do meu livro? (rsrsrsrsrs). Ou então em qualquer outra ocasião!!!!

Um comentário:

  1. Oi, Thathy!

    He he, fico contente que meus comentários a tenham impulsionado. E vi que você é o tipo da pessoa que não leva desafio para casa. Ótimo; já saiu canalizando tudo para o livro. E pode deixar que sempre estarei por perto para lembrar-lhe da escritora que existe dentro de você.

    Ah, e espero que tenha oportunidade de ler meus livros. Gostaria muito de saber o que você iria achar deles.

    Beijão e... mãos à obra!!

    ResponderExcluir

Venha conhecer o meu mundo e me fale o que acha!!!!